A produção do álbum “Senzala e Favela” é uma homenagem ao baterista, cantor e compositor Wilson das Neves, brasileiro do Rio de Janeiro, falecido em Agosto de 2017. Além de uma homenagem, o projeto é também a finalização do seu último trabalho.
A obra conta com a participação de grandes nomes da música brasileira, também amigos do baterista.
O álbum foi idealizado pelo produtor cultural Alexandre Segundo e produzido como o sambista idealizou, desde o repertório até a escolha dos músicos, arranjadores e intérpretes.
São mais de 50 artistas envolvidos na obra, entre eles (ordem alfabética): Alessandro Cardozo, Alice, André Tandetta, Armando Marçal, Áurea Martins, Bigorna, Bnegão, Chico Buarque, Cláudio Jorge, Cristóvão Bastos, Emicida, Fabiana Cozza, Gabriel Cavalcante, Jaques Morelenbaum, João Lyra, João Rebouças, Jorge Helder, Kassin, Marcelo D2, Márcio Alexandre, Maria Rita, Mariana Bernardes, Moacyr Luz, Moyseis Marques, Ney Matogrosso, Nina Becker, Nobru, Paulão Sete Cordas, Pinaud, Pretinho da Serrinha, Roberta Sá, Rodrigo Amarante, Rodrigo Jesus, Seu Jorge, Stephane San Juan, Thiago Delegado, Vidal Assis, Zé Renato, Zero.
“Senzala e Favela” foi lançado em Abril de 2023 e é uma produção do Núcleo de Comunicação Cigarras, composto pelos produtores Alexandre Segundo, Ana Paula Abreu, Gustavo Zubreu, Paulo Sérgio Pires e Samir Caetano; e viabilizado pela Jataí através do selo FUNDISOM.
Ouça “Senzala e Favela” em todas as plataformas digitais.
Letra da faixa que deu origem ao nome do Álbum:
Desde a vergonha da escravidão
Na aflição da senzala
se vê separação de cor
O negro está sempre ao rés do chão
Nos degraus dessa escala,
E isso não mudou.
Desde o momento da criação
Da primeira favela
A desagregação voltou
Negro inda está nessa condição
De miséria e mazela
De quando começou.
Chicote ou zunido de bala,
Favela ou senzala
Não faz diferença
Me parece que em toda novela
Senzala ou favela
É a nossa sentença.
E onde entra a mão do governo,
É só uma política a mais de exclusão.
Esse nosso apartheid é sem termo
Temos que brigar por outra abolição.
