O objetivo do curso ‘Eu Resíduo’, ministrado por Camila Alterthum através do Instituto Cresce, é formar referências em resíduos em outras escolas, para que essas pessoas tenham a oportunidade de desenvolver um olhar para o resíduo da escola, se ocupar disso e ver o que pode ser feito nessa área. Com isso, eles pretendem formar dentro dessas escolas um grupo de referência na gestão de resíduos para desenvolver um olhar atento e construir soluções juntamente com sua comunidade escolar, gerindo os resíduos, criando alternativas e cuidando do que chamamos de “lixo” dentro da escola, a partir da metodologia do Instituto Lixo Zero, do qual Camila é consultora.
A Formação Eu Resíduo – metodologia Lixo Zero para escolas e espaços educativos – acontecerá nos dias 30/05 e 06/06 (online), e 13/06 (presencialmente) no Instituto Ouro Verde, que fica na Alameda das Palmeiras 251, bairro Ouro Velho Mansões. Nova Lima.
Camila é professora de Agroecologia do 1° e 2° anos do Ensino Fundamental do Instituto Ouro Verde. Também coordena o Projeto Rizoma que tem várias ações com o objetivo de fomentar a Agroecologia ao longo do ano, sendo que uma delas é a gestão de resíduos. Camila faz uma ponte com o Instituto Cresce, parceiro do INOV há alguns anos, onde também é prestadora de serviço, e oferecem a continuidade do programa de gestão de resíduos da escola.
Esse ano, eles decidiram dar um passo além do que vinham fazendo nos anos anteriores, onde o Instituto Cresce acompanhava o dia-a-dia do programa de gestão de resíduos dentro da escola, se responsabilizando por várias atividades como o acompanhamento dos profissionais de ensino, educação ambiental junto aos alunos, acompanhamento e aprimoramento da compostagem, capacitação e realização da semana do Lixo Zero juntamente com a semana nacional do Lixo Zero.
Com o Projeto Rizoma, em 2023, a proposta é de fortalecer a comunidade escolar e o pilar da Agroecologia, mas sentindo que já havia força para expandir para outras paragens e compartilhar esse conhecimento que havia sido gerado com a prática dos princípios da Escola Verde. E pensaram que o foi desenvolvido até então poderia ser compartilhado com outras escolas, até porque, informalmente, as escolas os procuram para saber mais sobre o trabalho de gestão de resíduos que é feito na escola.
Assim, resolveram compartilhar esse conhecimento desenvolvido ao longo dos anos. Dentro do Instituto Ouro Verde, eles criaram um grupo de pessoas que atuam voluntariamente como referência na gestão de resíduos e ajudam na manutenção do programa na escola.
Projeto de volta pra terra
Dentro do INOV existe o projeto “De volta pra terra”, onde algumas famílias recebem baldes para juntar resíduos de alimentos que vão para a composteira da escola, além de indicações para a coleta seletiva também. Esses restos de alimento são transformados em adubo que são utilizados na horta e jardins da escola. Somente no último mês, foi recolhida uma tonelada de restos de alimentos das famílias que aderiram ao projeto, que, em torno de três a quatro meses, se transformam em 300kg de composto orgânico. Acompanhe nesse video o processo de compostagem feito no INOV: https://www.instagram.com/reel/CsV-3b9uJI0/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MmJiY2I4NDBkZg==
Formação Eu Resíduo
As inscrições estão abertas, nessa primeira edição do curso, para dez instituições de ensino. As Escolas Waldorf da região metropolitana de BH foram convidadas, assim como as escolas públicas no entorno do INOV. O número de instituições está limitado a dez para que possam ter mais qualidade na relação com as pessoas, no acompanhamento e avaliação dos impactos posteriormente.
Cada instituição inscrita indicará de duas a quatro pessoas para participarem, que podem ser professores, funcionários, pais, mães ou alunos do ensino médio. Essas pessoas serão as referências dentro da escola para multiplicarem esse conhecimento.
Camila conta que “o princípio da metodologia Lixo Zero trabalha com a ideia de que, no máximo 10% do que geramos de restos, retornem para o aterro sanitário, que seriam os rejeitos, os inservíveis que precisam de uma disposição controlada. Os outros 90% precisam voltar para a cadeia da reciclagem e da compostagem, e aí vemos a realidade dessa cadeia e do tanto que precisamos cuidar”. O próximo passo seria não gerarmos essa quantidade de embalagens e descartáveis que utilizamos para trazer os alimentos e produtos para casa.
“Dentro dos princípios dos ‘Rs’, precisamos primeiro repensar, reduzir, reutilizar, reaproveitar e não tendo outro destino ir para a reciclagem. E esse conhecimento deve ser utilizado no dia-a-dia, não somente numa aula de educação ambiental, mas no consumo de alimentos em casa, no reaproveitamento, nas compras, no que pode ser produzido e consumido em nossos quintais e apartamentos, assim como a economia de luz e água, trocar o transporte automotor por bicicleta ou à pé. São coisas simples que fazem a diferença”, conclui Camila Alterthum.
Para mais informações: 31-99142-9759
Assista ao video com dicas para a coleta seletiva: