O projeto novo de compostagem do Instituto Ouro Verde (Nova Lima – MG), chamado “Baldinho do Bem”, vem atender a uma demanda da escola e das famílias dos alunos com a destinação consciente e ecológica de resíduos orgânicos. O projeto piloto começa agora em março, em substituição à antiga composteira da horta, recebendo os resíduos orgânicos produzidos por 30 famílias da comunidade escolar. Neste sistema, cada família recebe um balde com serragem onde será armazenado o resíduo orgânico da residência. Toda semana, este balde é recolhido e levado para a nova composteira. Além deste material, todos restos orgânicos gerados na escola também tem o mesmo destino.
Responsabilidade dos resíduos é de todos
O professor de agroecologia, Tibério Barreira, nos conta que o objetivo principal é atender a demanda de destinação dos resíduos orgânicos das famílias e também melhorar o sistema de compostagem da escola que funcionava na área da horta. O trabalho de compostagem era feito de forma improvisada com pallets de madeira e, agora, atenderá uma maior quantidade de resíduos por um período maior de tempo. A coleta semanal dos resíduos é feita em um balde com serragem no fundo, disponibilizado para as 30 famílias que participam dessa primeira fase, piloto do projeto. Recebido o material, ele passa pelo triturador e vai para a compostagem.
A princípio, o composto produzido será utilizado nos jardins e canteiros da horta. Mas, depois que estiver maturado em baias que serão construídas para a produção de húmus, a ideia é comercializar o produto e gerar renda para a área de agroecologia da escola, possibilitando a circularidade de investimentos.
Tibério comenta que otimizar as atividades na horta e também a compostagem é essencial para uma “escola verde”. O INOV, então, tem destinação e processamento correto dos resíduos orgânicos e coleta seletiva dos demais materiais recicláveis.
Parceria INOV/ Saúva
O investimento neste projeto piloto foi viabilizado através da Carta-convite 2022, da Saúva, que possibilitou também melhorias na infra-estrutura da horta e a contratação de um funcionário fixo. Anteriormente, essa atividade dependia da disponibilidade dos voluntários; agora, muita tarefa que ficava pendente tem a dedicação que necessita.
Além dos resíduos das casas, as folhas recolhidas do chão também entram nesse processo de compostagem: até o resíduo orgânico da cozinha Ujima, muito rico em nitrogênio será compostado, conclui o professor de agroecologia.