Topo

Grupo Pedras de Teatro estreia o espetáculo “Rosa e a Floresta” neste sábado, 22/04, no Rio de Janeiro

O Grupo Pedras de Teatro estreia seu segundo espetáculo voltando para o público infantil, “Rosa e a Floresta”, neste sábado, às 16h, dia 22/04, no Museu da República, no bairro do Catete, Rio de Janeiro. O espetáculo segue em cartaz domingo, dia 23/04, também às 16h; dia 29/04, sábado, às 11h, e domingo, dia 30/04, às 16h. No sábado, dia 06/05, o Grupo se apresenta às 16h no Campo de São Bento, no bairro Icaraí, em Niterói; e dia 07/05, domingo, a peça volta ao Rio de Janeiro, desta vez às 16h, na Praça dos Cavalinhos, na Tijuca. As apresentações são gratuitas e com contribuição consciente em parque e praças, como forma de tornar o acesso democrático e no intuito de alcançar todo perfil de público.

Semente da peça

O final do último espetáculo do Grupo, “Rosa e a Semente” já indicava, naturalmente, uma continuação da estória, quando Rosa recebe do Mestre do povoado a missão de plantar uma floresta. E foi daí que partiu a pesquisa do Pedras para uma nova montagem com o processo criativo totalmente aberto, diferente da “Rosa e a Semente” que tinha o livro “O Pote Vazio” norteando a estrutura dramatúrgica. Desta vez, o processo de pesquisa mergulhou no ciclo orgânico das florestas e no universo indígena, fundamental para a preservação das florestas. Uma das fontes de inspiração foi a Flecha Selvagem, sete episódios audiovisuais, com narração de Ailton Krenak e roteiro de Anna Dantes (Ciclo Selvagem). Uma outra referência dramatúrgica veio do diretor do espetáculo, Isaac Bernat, que trouxe o livro francês “A epopeia da floresta”, de Bertrand Fichou, que trata de maneira poética os processos naturais das florestas.

Integrante do grupo desde a sua fundação, Helena Stewart, a Lelê, já estava envolvida com os Seminários do Ciclo Selvagem – ciclo de estudos sobre a vida – e as Flechas, que são vídeos sobre os seminários, e trouxe essa referência para o grupo, que assistiu todos os episódios. O grupo foi pinçando os assuntos e se encantando com a profundidade das referências trazidas, e com o desafio de traduzir esses conhecimentos para o universo infantil.

Rosa e a Semente foi a primeira incursão do grupo no universo do teatro infantil.

Desenho do enredo

Camila de Aquino, direção de produção e diretora assistente do espetáculo, conta que o desejo de dar continuidade no tema do espetáculo anterior veio da urgência e importância da preservação das florestas, e da relevância de levar essa questão para as crianças. A pesquisa buscou as histórias da floresta amazônica e seus mitos,  aprofundando na cultura e folclore brasileiros. “Pensamos nos mitos amazônicos, nas histórias e realidades indígenas, seus signos e pesquisamos contos. O que cada integrante (do Grupo) conhecia e trazia”, explica Camila.

A Anciã e os micélios clownescos

O livro “A epopeia da floresta” trouxe também personagens para a peça: os cogumelos e os micélios (respectivamente, a parte visível dos fungos, na superfície do solo, e a parte não visível, no subsolo). Camila explica que “esses micélios estão na floresta inteira, embaixo do solo e conectam tudo, por isso eles tem que estar na peça”. Outra personagem é a Anciã, que guarda um Portal de entrada para a floresta, e representa o conhecimento e a sabedoria. Durante o processo de criação, o grupo viu “que estes personagens poderiam ser uma dupla de palhaços. Daí, achamos um caminho”, conta Camila.

“Esse livro foi o ponto de partida e o primeiro capítulo foi muito inspirador, porque trazia um desafio … durante a pesquisa, percebemos que Rosa não plantaria uma Floresta, mas passaria por uma jornada iniciática dentro da Floresta, para conhecer suas riquezas, mistérios, perigos e alquimias”, conta a produtora e diretora assistente Camila de Aquino.

Apoio cultural e parceria com a Saúva viabilizou a montagem

O apoio cultural da Saúva, o único do espetáculo, foi fundamental para a montagem, apesar da adaptação financeira que tiveram que fazer, devido ao tempo do processo de montagem. O grupo teve que acolher outros trabalhos dos integrantes, principalmente no momento pós-pandemia. “O relacionamento com a Saúva foi uma preocupação nossa, porque o processo se alongou além do planejado, mas confiamos na relação estabelecida, que sabem do compromisso de entregar o trabalho com qualidade”, conclui Camila.

E aqui vai o convite para conhecer este novo trabalho do Grupo Pedras de Teatro: https://www.instagram.com/reel/Cq2uN3cAke2/?utm_source=ig_web_copy_link

FICHA TÉCNICA:
Direção: Isaac Bernat
Atores: Fábio Freitas, Helena Stewart, João Lucas Romero e Marina Bezze
Diretora assistente: Camila de Aquino
Dramaturgia: Camila de Aquino, Fábio Freitas, Helena Stewart, Isaac Bernat, João Lucas Romero e Marina Bezze
Direção de movimento: Andrea Jabor
Direção musical: Ricardo Cotrim
Figurino e cenário: Flavio Souza
Ilustração: Luciana Grether
Programação Visual: Caco Chagas
Direção de Produção: Camila de Aquino
Produção Executiva: Inês Chada
Fotografia: Pedro Martins
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani

Compartilhar: