A Fundição Progresso iniciou, em fevereiro desse ano, a 4ª temporada do #estudeofunk com 70 artistas selecionados, chamada “Mete Marcha – Encontros, conexões e processos avançados de criação”. Os três ciclos anteriores do projeto de aceleração artística voltada para artistas do funk promoveram o acompanhamento de carreira com 50 alunos em cada ciclo, totalizando 150 artistas formados pelo #estudeofunk. O pré-requisito para participar do programa, nos primeiros ciclos, foi ter alguma música ou trabalho realizado na área do funk e na 4ª temporada o pré-requisito foi ter participado de alguma das outras 3 temporadas.
O #estudeofunk fica num hub criativo dentro da Fundição Progresso, num espaço totalmente reformado para receber os artistas, com palco, sala de dança, estúdio de gravação moderno e atual com todos equipamentos para gravação de músicas. Nele os artistas recebem aulas de canto, dança, preparação vocal e cênica, marketing digital, filosofia e mídia trainning. “Tudo o que comporta uma carreira artística, tudo o que pode ajudá-los a serem artistas mais preparados para o mercado de trabalho”, como explica Clara Lugão, assessora de imprensa e relações públicas da Fundição Progresso.
Clara integra a equipe de comunicação da casa, que cuida dos projetos da Casa de Shows, Centro Cultural e ações da Fundição no Rio de Janeiro. Ela conta que o universo de artistas que participam do programa é bem diversificado, contando com MC’s, compositores, beatmakers e dançarinos, enfim, artistas de toda cadeia do funk. Ao longo do programa, são promovidos encontros com o mercado da música, com produtores fonográficos e pessoas que fazem e acontecem no cenário musical. “O #estudeofunk coloca esses artistas em contato com esse mercado, criando oportunidades muito bacanas. Promovemos encontros muito legais e já lançamos alguns EPs, álbuns e clipes, alguns solo e alguns com convidados (feat)”, afirma Lugão.
Mete Marcha em processos avançados de criação
A nova temporada do programa, “Mete Marcha – Encontros, conexões e processos avançados de criação”, tem o diferencial de trazer 70 artistas que já haviam passado pelos primeiros ciclos. Clara explica que “é uma temporada avançada, onde vamos um pouco além do que havia sido visto. Abrimos as inscrições, exclusivas para quem já havia participado (os ‘estudeofunkers’, como chamamos) e fizemos a seleção desses artistas, assim como nas primeiras temporadas”.
Eles receberam um grande número de inscrições e fizeram a seleção de acordo com o tamanho do projeto, que tem apoio da Lei de Incentivo à Cultura e patrocinadores. A nova temporada trás artistas que fizeram a diferença e tiveram destaque nos outros ciclos. Segundo Clara, está sendo muito proveitosa porque tem possibilitado o encontro de artistas de vários ciclos para estudarem juntos.
Acessibilidade integrada e inclusão
O 4° ciclo vai promover algumas ações de acessibilidade como um clipe totalmente em libras. Mas não será com uma pessoa no canto da tela traduzindo em libras e sim apresentada de forma artística no clipes produzidos. “Estamos pensando cada vez mais em acessibilidade, num funk feito por e para um número cada vez maior de pessoas”, explica Clara Lugão.
O processo de criação e gravação acontece durante todo o processo do curso, num banco de criação, onde os artistas submetem seus beats, suas letras e passam por uma curadoria para virar um produto #estudeofunk. Quem colocará esses produtos nas plataformas é o Selo FundiSom, uma criação recente e uma aposta da Fundição para o lançamento de artistas e músicas nas plataformas de streaming. Ele será o Selo que assina todas as músicas e clipes que forem produzidos.
O perfil dos artistas contemplados, em sua maioria, é de moradores de comunidades que não tinham oportunidades de fazer os cursos que são oferecidos, não fosse pelo projeto. “Isso é um tremendo orgulho na Fundição: proporcionar encontros tão bacanas, importantes e ricos para artistas que estão se mostrando muito criativos e aproveitando ao máximo o que estamos oferecendo”, comemora Lugão.
Assista ao clipe “Madrugada” produzido pelo #estudeofunk:
Serviço: