O Curso de Economia Local, Moedas Sociais e Finanças Solidárias inicia dia 02 de outubro o 3° Módulo, quando vai mergulhar nas experiências das Moedas Sociais e Bancos Comunitários espalhados pelo país. O curso teve inicio em junho de 2021; abordou, em seu 1° Módulo, algumas noções gerais de economia, de práticas econômicas inovadoras e regenerativas; e, no 2° Módulo, teve um olhar para a organização de redes, mobilização de comunidades e gestão. Gustavo Cerqueira, da Rede Alegrias e co-idealizador do curso, explica que “a ideia desse módulo é reunir um conjunto rico e potente de iniciativas que trazem seus desafios e oportunidades de crescimento para compartilhar com a Rede Alegrias e com todo o público do Curso”.
No primeiro sábado do 3° Módulo, dia 02/10, o Curso promove um encontro duplo: de manhã, de 9 às 12h, Elenita de Souza apresenta as experiências sobre a Moeda Conchas e o Banco Comunitário Ilhamar, da Vila de Matarandiba (Ilha de Itaparica-BA). Elenita também fala sobre as vivências na Rede Baiana de Bancos Comunitários e da Incubadora de Economia Solidária da Universidade Federal da Bahia.
No sábado à tarde, o Curso recebe as representantes da Muda Outras Economias, Helena Stewart e Flávia Berton. Elas apresentam as vivências experimentadas com esta iniciativa, a organização deste coletivo e a moeda social Mudas. Também nesta etapa, Luiz Hadad conta sobre o desenvolvimento e aprendizado que teve com a plataforma Cambiatus.
No dia 16 de outubro, o Curso traz Manuela Mello, presidente do Banco Mumbuca, de Maricá, uma das experiências mais consolidadas de banco comunitário no país. O Banco Mumbuca tem, hoje, uma parceria com a prefeitura de Maricá e, juntos, instituíram um programa de renda básica de cidadania, na qual um grande conjunto de famílias beneficiadas recebe mensalmente um depósito em Mumbucas. Essa ação tem vários estabelecimentos comerciais da cidade cadastrados como parceiros e permite que a moeda social tenha eficácia prática no dia a dia destas famílias. O trabalho que Manuela apresenta traz o uso da moeda social e do banco comunitário como política pública e o desenvolvimento de programas de microcrédito e de financiamento.
De acordo com Gustavo Cerqueira, o Curso não tem uma estrutura rígida de apresentação, porque cada facilitador imprime o seu estilo e o seu ritmo. Mas, normalmente, todos os encontros têm sido muito dialógicos e promovem um troca muito rica entre participantes. Ele acrescenta que este primeiro encontro do 3º Módulo será um mergulho prático no cotidiano de organizações e iniciativas que estão aplicando estas novas práticas econômicas em seus territórios e especificidades. E destaca que isso é o coração do curso: “como nós aprendemos sobre as moedas sociais e bancos comunitários com quem está na ponta, em seus territórios, um dos sonhos era fazer esse mergulho presencial, de conhecer os territórios, de visitar os bancos e conhecer as moedas, mas com a pandemia não foi possível. Mas estamos abrindo várias portas para conhecer em breve”.