Mais um ano que se inicia. Olha que promete, hein! Não deve(ria) ser apenas mais um. Temos eleições no Brasil. É sempre uma oportunidade de enorme responsabilidade. E um espaço que a democracia nos proporciona para exercer o precioso direito de escolha. Passamos por mais um momento econômico desafiador. A inflação volta a incomodar e assustar. A novidade é que se apresenta como um movimento global. Até parece que já não temos problemas demais e complexos para lidar.
Também haverá Copa do Mundo. Só que bem no finalzinho de 2022, pela primeira vez na história. Bom, isso se a pandemia permitir. Assim, esperamos. E rezamos. Essa é mais uma novidade dos tempos modernos. Sem contar a aceleração tecnológica e digital. Quanta incerteza! Será que veio para ficar? Estamos preparados para enfrentar tudo isso? O que nos reserva o futuro, seja ele qual for?
Vamos voltar ao começo do ano. Por ser um novo princípio de período, trata-se de uma situação oportuna e comum para projetar o que vem pela frente. Valeria o mesmo para o mês, semana etc. Costuma ser um lugar de renovação, expectativas e planos. Reinventar-se! Hora propensa a planejar os mais diferentes aspectos das vidas pessoal e profissional. Super natural! Todos experimentamos.
Não sei se percebemos como está cada vez mais difícil fazer esse tradicional exercício de previsões. Talvez seja o novo normal. Significa que devemos abandonar tal prática? Como podemos nos organizar e saber ou pelo menos ter noção do que fazer, para onde ir e como agir? Temos que aproveitar nossa capacidade de adaptação como seres humanos. Construir e encontrar meios de contornar e superar as adversidades do desconhecido. Não abrir mão de seguir em frente. A sensação de estar em movimento, avançar, evoluir parece ser essencial para a nossa existência. Não é fácil nem simples. Afinal, conquistas demandam esforços. Ou geram mais prazer dessa maneira.
Uma potencial alternativa de planejamento seria adotar prazos mais curtos, ainda que sucessivos. Ou topar revisões bem frequentes de um horizonte temporal ampliado, embora limitado. E o longo prazo? A mentalidade continua lá. Resultados duradouros tendem a requerer tempo, disciplina e dedicação. Mas passam por um processo de criação e desenvolvimento gradativo.
Outra questão importante é estarmos conscientes desse contexto atual altamente instável. Não adianta ficar sofrendo por antecipação ou em constante frustração. Precisamos ser humildes para aprender e serenos para compreender e buscar alguma dosagem de equilíbrio. Deve funcionar, desde que também se aplique a razoabilidade no próprio conceito.
Que tal? Bora por aí…