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Alimentos Alegrias gera renda e comida de qualidade a baixo custo

Alimentos orgânicos e naturais, de qualidade e a baixo custo? Para quem frequenta supermercados e sacolões atualmente, isso parece uma realidade distante. Porém, esse sonho está em pleno funcionamento na cidade de Paraty (RJ). O empreendimento se chama Alimentos Alegrias e é o primeiro negócio social da Rede Alegrias.

Desde o início de criação da moeda complementar Alegrias, a Rede precisava estimular os negócios onde esta moeda circularia e, com a pandemia, o mais urgente era o alimento. Daí nasceu a Alimentos Alegrias, primeiro negócio social da rede, gerido pelo empreendedor Caio Marco Antônio, que leva de São Paulo a Paraty alimentos a um custo menor que o praticado no mercado. Mônica Calderón, da Rede Alegrias, conta que isso se tornou uma ferramenta de trabalho pra Caio e, ao mesmo tempo, permite que as pessoas que participam da Rede tenham alimentos de qualidade e com um custo acessível, inclusive em moeda social. “Essa é uma ideia que queremos difundir para outros negócios sociais; foi o primeiro e esperamos que tenham outros”, acrescenta Calderón.

Estímulo ao empreendedorismo social

A ideia de criar a Alimentos Alegrias surge no início da pandemia, a partir da necessidade, urgente, em atender os artistas de Paraty com alimentos e apoio de forma geral. Através da parceria entre a Rede Alegrias e a Saúva, um recurso foi potencializado e, a cada R$100 que teriam direito, os artistas também receberam mais 100 Alegrias, que poderiam ser utilizadas em produtos ofertados pela rede.

O objetivo principal do negócio é disponibilizar alimentos naturais e orgânicos para o maior número de pessoas possível, para que percebam que o alimento é a base de uma vida saudável e também uma ação de política pública fundamental, como nos conta Caio: “Quando se escolhe um alimento saudável, há toda uma cadeia envolvida na produção, produtores e recursos naturais, que é fundamental. Se uma pessoa moderna coloca gasolina ruim ou adulterada no carro, ela fica louca, reclama, o carro engasga, mas elas não percebem que fazemos isso com alimentos em geral: ingerimos alimentos de baixa qualidade”.

O Armazém São Vitor oferece cereais de alta qualidade à granel

Os Alimentos Alegrias vêm do Armazém São Vitor, loja da zona cerealista de São Paulo. Caio nos lembra que ainda há muito a melhorar com a gestão de embalagens e que eles se responsabilizam pela coleta de todas elas para garantir que sejam recicladas. O próximo passo regenerativo, que já acontece informalmente, é a redução de carbono pelo deslocamento até São Paulo. Para isso, estão plantando mudas fornecidas pela Rede Alegrias.

A empresa se preocupa com ações para diminuir a geração de resíduos ao longo da cadeia

Os alimentos ofertados para a comunidade da Rede Alegrias têm um retorno muito positivo. A principal ferramenta de marketing é o boca a boca, o que tem gerado uma escala crescente interessante e sustentável, do ponto de vista do empreendedor.

Parceria que estimula a economia circular

Esta parceria entre o empreendimento do Caio e a Rede Alegrias também tem outro ponto de ajuda mútua: Caio é pai-fundador da Escola Cirandas e utiliza a quadra, que fica ociosa nos finais de semana, para preparar a logística de distribuição. Assim, a Cirandas recebe em reais e Alegrias, que podem ser usados para compras de alimentos também. Mônica Calderón se alegra ao contar que a escola recebe em Alegrias pelo que seria um aluguel do espaço. “Então, isso tudo é super bacana! É a circularidade!”, destaca a gestora.

Uma parceria que une a Rede Alegrias, a Escola Cirandas e a Alimentos Alegrias

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