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Compostagem Terra Orgânica divulga resultado do Edital de consultoria em compostagem de resíduos orgânicos

Foi com muita alegria e entusiasmo que os integrantes do Laboratório e Compostagem Terra Orgânica compartilharam o resultado do edital lançado para a Rede Saúva Jataí. As iniciativas selecionadas – Centro de Tradições Ilê Asé Egi Omin, Jardim do Beija-Flor e Mutirão Agroecológico/ Assentamento Sepé Tiarajú – receberão uma consultoria completa em compostagem de resíduos orgânicos ao longo do ano. A boa notícia para as iniciativas não contempladas é que poderão participar de algumas reuniões e receberão material teórico para iniciar suas compostagens.

Com esse edital, o objetivo do Terra Orgânica é replicar a metodologia de compostagem termofílica, isto é, que processa qualquer tipo de resíduo orgânico, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Esse foi um dos parâmetros para a seleção das iniciativas, os outros foram ser de regiões diferentes do Brasil e terem até então pouca estrutura e experiência em compostagem. Algumas iniciativas que já possuíam maior estrutura nessas áreas, mesmo não selecionadas, poderão ter um apoio e um acompanhamento ao longo do ano.

A compostagem termofílica possibilita um processo mais rápido de decomposição dos resíduos orgânicos

Uma das principais diferenças entre as iniciativas selecionadas e as não selecionadas, segundo Edson Prado – gestor da Compostagem Terra Orgânica – é o aporte financeiro para a compra de ferramentas. “Essa é a nossa primeira experiência com um processo seletivo enquanto projeto de fomento à compostagem e gostaríamos muito de ter iniciativas dentro de áreas urbanas. As iniciativas da rede já estão muito conectadas e entendem que jogar o resíduo em aterro sanitário é um desperdício de matéria-prima riquíssima”, explica Edson.

A retirada de resíduos orgânicos dos aterros sanitários tem um grande impacto ambiental
A formação da “leira” é parte fundamental do processo de compostagem
A cobertura e estruturação com serragem, cepilha e palha garantem a saúde das leiras

O Centro de Tradições Ilê Asè Egi Omin está no bairro Santa Tereza, no Rio de Janeiro, em uma região de preservação de Mata Atlântica e foi a única selecionada que está dentro de uma área urbana. Além de circularem cerca de 50 famílias no local, eles se comprometeram a coletar resíduos do entorno e entenderam, inclusive, a potencialidade da produção de composto que pode ser vendido.

O Assentamento Sepé Tiarajú foi inscrito através de uma parceria com o Mutirão Agroecológico, um projeto de 20 anos, ligado ao Arte na Terra e Fazenda São Luiz, que é parceiro de outros assentamentos também. A juventude à frente desse assentamento ficou animada com a seleção e as possibilidades de trocas com esse coletivo, que têm facilidade com uma parte do projeto que é o registro em vídeo, postagem em plataforma de vídeo e registro de coleta em plataforma online. Essa plataforma é onde as centrais vão se cadastrar, fazer todos os registros e armazenar a base de dados. Em breve o link será disponibilizado e todos poderão acompanhar de perto o projeto. “Às vezes, as pessoas que se interessam pelo trabalho com a terra não são as mesmas que se interessam pela parte tecnológica. Quando vimos esse coletivo da juventude da agroecologia e tecnologia pensamos que seria bom de aproximar”, conta Edson.

A iniciativa social rural Jardim do Beija-Flor, uma das selecionadas, também encheu os olhos dos gestores do Terra Orgânica. Contaram a história do projeto, fizeram um cálculo quantitativo das pessoas a serem atingidas e expressaram o desejo de expandir sua atuação em Paraty. “Eles nos trouxeram a necessidade da consultoria para a escola, o que fez com que eles não tenham começado a fazer compostagem ainda”, comenta Prado.

O interessante é que todas iniciativas da Rede Saúva Jataí podem usufruir desse conhecimento, porque o objetivo e multiplicar essas ações compostáveis, segundo Edson.

Os P.E.V.s (Pontos de entrega voluntários) estimulam a corresponsabilização dos cidadãos
A leira fica com essa aparência depois de ser formada

Foi dada a largada

No dia 11 de março ocorreu uma reunião com todas iniciativas, selecionadas ou não, quando o projeto foi apresentado e as primeiras ações foram comunicadas aos participantes. O encontro online foi conduzido por Regis Scaggiante, Edson Prado, Gustavo Jubiraci e Lucas Morales, que explicaram todas as etapas do projeto:

  • coleta dos resíduos
  • ⁠contagem dos resíduos
  • ⁠disposição dos resíduos na leira
  • ⁠fechamento da leira
  • ⁠lavação dos baldes e bombonas
  • ⁠registro da atividade

Ao longo do encontro os participantes se apresentaram e foram tirando algumas dúvidas, pois as realidades são bem distintas. Mas conscientes do objetivo comum de reduzir o resíduo orgânico nos aterros sanitários, realizar a compostagem e produzir um adubo orgânico de alta qualidade para ser utilizado em diversos fins.

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