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Educar+ lança coleção de NFT’s produzidas por crianças e jovens

Alunas e alunos da Ong Educar+, projeto que desenvolve atividades educacionais no contra-turno escolar na Comunidade Final Feliz – Complexo do Chapadão/RJ, estão lançando uma coleção de Arte em formato NFT. Os trabalhos estão à venda no Mercado Bitcoin pelo valor de R$20,00 cada (https://campanhas.mercadobitcoin.com.br/metaverso-chapadao). Esta ação faz parte do trabalho da Educar+ em trazer as crianças e jovens atendidos pelo projeto para as novas oportunidades e tendências do universo digital, além da segurança alimentar, suporte financeiro, educação integral ou até mesmo no Metaverso. Esta atividade lúdico-pedagógica pede aos alunos e alunas que retratem a realidade em que vivem na forma de desenhos e os transforma em NFT’s. A renda do projeto será revertida para as famílias das crianças e compra de novos computadores para a Ong.

NFT

De forma resumida, o NFT (em português Token Não Fungível) corresponde a uma espécie de chave criptográfica que, associada a um item físico ou digital, certifica sua originalidade e autenticidade. Um NFT atrelado a um item digital qualquer — uma imagem, foto, vídeo, música, mensagem, postagem em rede social etc. — faz desse item único perante o mundo, gerando escassez em torno do item e abrindo espaço para que um mercado se instale, envolvendo colecionadores e investidores interessados em investir dinheiro de verdade na aquisição de obras e ativos digitais.

Conhecer para utilizar com sabedoria

Carol Santos, uma das gestoras da Educar+, conta que esse projeto foi realizado em parceria com a Play4Change e o Mercado Bitcoin para desenvolver uma coleção de NFT’s produzidas pelas crianças da ONG.

“Formamos uma turma com 20 artistas e fizemos uma imersão no Metaverso, utilizando óculos de realidade virtual, computadores para entrar em alguns Metaversos como o Sandbox e o Decentraland”, explica Carol. Com isso, as crianças puderam entender um pouco mais o que é o Metaverso e, à partir disso, produziram desenhos e fotos. A pergunta que feita foi: Qual é a sua percepção do Metaverso?

O que gerou desenhos do Metaverso dos Doces, Metaverso da Justiça, Metaverso do Amor, etc., com expressões do cotidiano das crianças do Complexo do Chapadão. A ideia era mostrar pra eles esse mundo tomando o cuidado de não levar as coisas de maneira banal, mas com seriedade. Quando as NFTs são apresentadas, é visível que ali tem muito mais das crianças do que as pessoas pensam.

Experimentar os óculos de realidade virtual foi uma das primeiras atividades propostas

No caso da Educar+ foram criadas NFTs de impacto social, porque o objetivo do projeto é que as crianças entendam esse universo e possam ter oportunidade de se beneficiar dos recursos arrecadados. Os valores não são tão expressivos mas ajuda bastante as famílias atendidas, diz Carol.

Utilizar a tecnologia para gerar um impacto positivo nas famílias

“As crianças fizeram os desenhos que estão na plataforma bitcoin e estão sendo vendidas a R$20,00 cada unidade. Nós vendemos mais da metade das NFTs produzidas e 95% desse recurso vai ser reinvestido em ações de impacto social. Sendo 30% para os responsáveis pelos artistas, 50% para a Educar+ comprar computadores e 15% para a Play4Change reinvestir em projetos de educação em Web3 nas favelas”

Carol Santos da Ong Educar+
A equipe da Play4change coordenou a parte tecnológica do projeto

A venda da coleção inteira vai gerar R$ 12.000,00 e a porcentagem das famílias das crianças, com mães-solo, é bem significativa em vista do cenário que vivemos hoje.

A contra-partida para quem compra as NFTs de impacto da Educar+ é o que é gerado com o recurso arrecadado, além do cunho social, afetivo e amoroso colocado pelas crianças através de sua inspiração e carinho na produção. E 95% desse recurso retorna para as favelas do Rio de Janeiro, como o Complexo do Chapadão e outras favelas atendidas pela Play4Change.

Carol Santos diz esperar que esse projeto abra uma oportunidade das famílias entrarem e conhecerem o ecossistema da Web3 mas também dos gestores da Web3 entenderem a importância do impacto social nas soluções que utilizam essa tecnologia. “Nesse meio financeiro não se fala muito sobre o impacto ou responsabilidade social, então é uma oportunidade deles contribuírem com isso”, comenta.

Expressão da realidade ideal

Dentro da atividade de criação das NFT’s, as crianças desenharam de universos onde tudo tem bocas e olhos, a um mundo habitado por zumbis que precisam ser combatidos. O menino Maicon explicou que no metaverso dele tudo têm boca e olho porque as pessoas poderiam ser o que quisessem, como o sol e as árvores.

Já no desenho de outra criança, dois amigos foram lutar contra os zumbis utilizando armas para acabar com eles e com a violência. Isso trás uma interpretação da criança sobre o mundo ideal que está muito longe da realidade.

As atividades lúdicas da Ong sempre buscam o empoderamento, a expressão e a valorização de suas realidades

“A ideia é mostrar pra eles que isso existe, que existe uma oportunidade nesse universo e que quebremos o máximo de obstáculos no futuro para entender o que está acontecendo no mundo. Se todos estão falando sobre NFTs e metaverso, precisamos falar sobre isso pra quebrar essa barreira”, conclui.

Siga o Instagram da Ong Educar+ : www.instagram.com/reel/ChGKZ-tJ27V/?igshid=YmMyMTA2M2Y%3D

Para conhecer e comprar as NFT’s acesse : https://campanhas.mercadobitcoin.com.br/metaverso-chapadao

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