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Atelier Dudude promove o Encontro Prático de Inverno em julho

Matéria publicada em 18 de junho de 2024.

A programação de experimentação e formação cultural do Atelier Dudude segue trazendo artistas de áreas diversas para ministrar cursos em Casa Branca, Brumadinho, e oferecendo esses cursos, encontros e treinos para interessados de todas as partes do Brasil. Como já acontece com os METRI – Mergulho Treino Intenso, Treino em Movimento e Concertos para a manhãs, dessa vez é o EPI – Encontro Prático de Inverno que vai possibilitar seis dias de estudos da improvisação em dança com Sofia Neuparth e Dudude Herrmann. O Encontro Prático de Inverno é uma ação anual realizada pelo Atelier Dudude, com o apoio da Saúva, cuja proposta é estabelecer um espaço de compartilhamentos, trocas, intercâmbios e produção de conhecimentos, tendo a participação de artistas, estudantes e pesquisadores de diferentes realidades.

A cada ano, um profissional de reconhecimento nacional e internacional atua como propositor deste encontro, provocando novos olhares e modos de ver, pensar e praticar a Dança. Em 2024, Sofia Neuparth é a artista convidada para estar como a propositora do EP- Inverno juntamente com a artista Dudude Herrmann, anfitriã da ação.

As inscrições podem ser feitas no link: https://linktr.ee/dudude

Dudude Herrmann é improvisadora, tem apreço pela pesquisa em improvisação e convida pessoas que também trabalham nessa área para o Atelier. Para Dudude, “a improvisação tem a conexão entre arte e vida. De onde tiramos os assuntos de arte? Da fonte da vida, não é do umbigo”. O CEM – Centro Em Movimento, em Lisboa, é como o Atelier Dudude e tem similaridades com a diferença de ser em um espaço urbano. Outras similaridades já haviam sido comentadas por amigos em comum que iam a Portugal, como a alta produção e o impulsionamento a jovens artistas em um espaço que aglutina.

Uma diferença entre os METRI e o EPI 2024 é que este será realizado somente no turno da tarde, enquanto o outro aconteceu em dois turnos, o que possibilita um tempo maior para quem quer aproveitar o período do encontro para conhecer outros lugares e descansar também. “São muitas amarras e indicações de comportamento cultural que é preciso derreter para se deixar mover, se deixar fazer. Esses encontros são para abastecer a nossa coragem, deixar o nosso corpo ativo nos modos de ver, de olhar, escutar, receber, sentir, tocar, degustar e farejar”, finaliza Dudude.

O METRI – Mergulho Treino Intenso, Treino em Movimento, Concertos para a manhãs e EPI – Encontro Prático de Inverno movimentam o Atelier Dudude em Casa Branca, MG

Dudude (Brasil) Dudude investiga e pesquisa a dança improvisatória desde a década de 80, ampliando para a performance, e faz parte da geração do Grupo TransForma, nos anos 70. Professora, intérprete, coreógrafa, improvisadora, performer, diretora de espetáculos, ministra aulas em diversas cidades do Brasil com foco na improvisação em dança. Para ela o improvisador necessita de autonomia, coragem, e pertencimento. Suas aulas têm como suporte a ativação dos sentidos perceptos, afectos, enfatizando sempre a fala como recurso de ampliação da consciência. O que estou fazendo aqui? Como? Por quê? Perguntas e perguntas, no desejo do jogo, na vontade do espaço, na perseguição por estados de dança. www.coisasdedudude.blogspot.com.br

Sofia Neuparth (Portugal) tem um percurso singular no seio da Arte Contemporânea em Portugal. No final dos anos 80 deu forma a um espaço de investigação artística que sustenta as práticas nos estudos do Corpo, do Movimento e do Comum: o C.E.M – Centro Em Movimento. É o entendimento que tem do Corpo como acontecimento em relação que determina todo a sua ação, quer no que diz respeito à experimentação que nutre e prática desde sempre, ao trabalho de formação que desenvolve desde o início de 80, à programação, destacando os programas intensivos de investigação artística ou as práticas com o comum como o Pedras- práticas com pessoas e lugares na cidade de Lisboa, quer no que se refere à intervenção política que realiza ou às criações que apresenta. Participa de várias conversas e conferências mantendo acesa a reflexão continuada a que se dedica exercitando como viver juntos e como a Arte se tece enquanto forma de conhecimento. 

 Em 2024 apresenta “CAOSCOSMOS” (criação coletiva com profissionais do c.e.m), “Mulheres de papel – O papel das mulheres” 5 solos desenhados para e com 5 mulheres em celebração “daninha” dos 50 anos do 25 de abril e “QUAL É O CÓDIGO?” uma peça com a Companhia Dançando com a Diferença com o lado-a-lado de Margarida Agostinho e Pedro Domingos e música de Bruno de Azevedo.

Assista ao clipe com as produções do Atelier Dudude:

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