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Atelier Dudude promove o encontro multicultural Trançando Saberes ao Sabor do Vento, neste sábado, 25 de maio, em Casa Branca – Brumadinho

Matéria publicada em 22 de maio de 2024.

As atividades culturais no Atelier Dudude Herrmann, em Brumadinho-MG, seguem firmes no propósito de ampliar e unir a comunidade do sensível nas montanhas gerais. As pessoas convidadas para as práticas estão conectadas afetivamente em pesquisas artísticas diversas, e também atentas à terra que habitamos e à preservação ambiental. Nessas trocas, como explica Dudude, cada artista contamina o outro com suas práticas, novas possibilidades surgem e são construídas a todo momento. A partir do início dos trabalhos, tudo está valendo e elas vão alargando os modos de fazer. Neste sábado, 25 de maio das 10h às 18h, será realizado o Trançando Saberes ao Sabor do Vento com Irene Ziviani, Dudude Herrman, Fernando Barcelos, Adriana Versiani e Bárbara Tortato. As inscrições para o encontro podem ser feitas no link: https://linktr.ee/dudude.

O Atelier Dudude está localizado em Casa Branca, ao lado do Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Outra atividade mensal do Atelier, o Treino em Movimento, reúne participantes de BH e Casa Branca

O Trançando Saberes será uma oportunidade de trocas e cruzamentos que promovam um trançamento entre diversas áreas e que, ao final, fortaleça a comunidade do sensível do lugar e do planeta. “Todas essas pessoas cruzam entre si e, cruzando entre si, os participantes começam a trançar. É sempre uma surpresa e todos saem muito nutridos. O desejo é a contaminação, porque a pessoa sai tão movida que vai falar dessa experiência para o outro. E esse outro pode perceber seus modos de viver”, conta Dudude.

O trabalho passa pela consciência corporal que acalma os corpos e trás a percepção da presença, depois vem o trânsito na área do jardim. A hora do almoço trás a pergunta: Você tem fome de quê? Qual é o tamanho da sua fome e a palavra fome com um sentido ampliado. Na sequência terá o momento da palavra, da poesia e da soma das experiências com um corpo que dança e que fala. Serão estimuladas as trocas entre os participantes e propositores, para que os trançamentos e atravessamentos os coloquem no espaço sem a configuração professor/aluno. Esse projeto é um desejo antigo de Dudude, de misturar pessoas e saberes diferentes, que ocorrerá no primeiro e segundo semestre de 2024.

Confira os artistas convidados para o Trançando Saberes:

Trançando Saberes ao sabor do vento vem do desejo de oxigenar e ampliar zonas de entendimento  nos modos de sentir, perceber o mundo, a escuta, a palavra falada e escrita, o mover ativo, a música, neste presente continuado. Esta é uma ação experimental, que coloca cinco  pessoas, artistas de excelência exemplar, com uma prática  sensível adquirida na matéria da arte, para estarem juntas propondo aos participantes uma vivência experimental e experiencial onde a novidade, a invenção  poderão apontar inspirações desejosas.

Irene Ziviani (BH/MG)

Nome da prática: Corpo Desperto 

Autora do livro “Articule-se – Consciência corporal e reeducação do movimento”, lançado em 2022, Irene Ziviani é bailarina com mais de 50 anos de experiência. Desde 1970 realiza cursos regulares e intensivos de consciência corporal para leigos e profissionais das áreas artísticas e da saúde. Atuou como assistente e coordenadora de inúmeros workshops e oficinas, ministradas pelo professor e coreógrafo Klauss Vianna de 1983 a 1992. Sua abordagem instiga nos/as artistas uma maior qualidade de presença, expressividade e precisão de  gestos e movimentos.

Adriana Versiani dos Anjos (Ouro Preto/MG), é poeta e artista visual.

Nome da prática: O Corpo e a memória do poema
Publicou “A Física dos Beatles” (2005), “Conto dos dias” (2007), “Livro de papel” (2009), “A lâmina que matou meu pai” (2012), “Diário de A” (2013), “Três Pedras” (2014), “Arqueologia da Calçada” e “Farmacopeuma” (2018), “Não me olhe com esses olhos de quem viu um Lobisomem” (2022), “Na sala do piano com Eulália” (2023), Jardim de Tanka (2023) e o do livro infantil “Um bicho,dois gravetos quatro pingos” (2020).

Fernando Barcellos (BH/MG)  

Nome da prática: Mergulho num lago gelado: Remando entre palavra e movimento.

É multiartista mineiro: bailarino, coreógrafo, diretor, escritor, pesquisador e professor. Trabalha com a dança como campo expandido, atravessada por outras manifestações artísticas, tais como o teatro, a arte da performance, o cinema e a literatura. Integra o Coletivo Sala Vazia, plataforma de criação artística que tem em seu repertório performances e filmes apresentados no Brasil e no exterior. É doutor em estudos literários pela UFU/Queen Mary University of London, além de professor do CEFET-MG e do Centro Universitário Una.

Dudude (BH/MG)

Nome da pratica: A dança do jardim

Investiga e pesquisa a dança improvisatória desde a década de 80, ampliando para a performance. Faz parte da geração do Grupo TransForma, nos anos 70. Professora, intérprete, coreógrafa, improvisadora, performer, diretora de espetáculos, ministra aulas em diversas cidades do Brasil com foco na improvisação em dança. Para ela o improvisador necessita de autonomia, coragem, e pertencimento. Suas aulas tem como suporte a ativação dos sentidos perceptos, afectos, enfatizando sempre a fala como recurso de ampliação da consciência. www.coisasdedudude.blogspot.com.br

Bárbara Araldi Tortato (BH/MG)
Nome da prática: O nome da fome
Bárbara: do grego, pessoa que não fala grego. Portanto, na busca por situar-se no mundo, à mingua da língua, é pega constantemente no flagrante delito de buscar palavras: na filosofia (UPF/Univ. de Verona/Univ. de Coimbra), na literatura (autora do livro Trilogia do Descabido), na psicanálise (Escola Freudiana BH-IEPSI) e na fome (Cozinha Nômade). Entra no pensamento da boca pelo improviso e pelos bons modos de se perder: sua cozinha não existe: aparece: com a palavra disponível, a fome disponível, o ingrediente disponível.

Confira o convite de Dudude Herrmann:

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