O processo de pintura da fachada do Educar+ contou com a colaboração de diversos atores e Ana Caroline Santos, gestora do Educar+, nos conta como ele aconteceu: elas decidiram criar essa demanda na plataforma de trocas de produtos e serviços da Comunidade da Muda Outras Economias, pleiteando que parte dessa empreitada fosse paga com a moeda social Muda e outra parte em reais. “E nós conseguimos! Pagamos uma parte do serviço em reais e outra parte com 500 Mudas para uma profissional elaborar como seria a fachada”, comemora Ana Caroline. O trabalho foi desenvolvido pela artista Jéssica Torres (@jessarrisca), que elaborou a proposta e o design da fachada, cujo conceito bem criativo e divertido, foi feito de maneira colaborativa.
Caroline conta que a pintura foi feita coletivamente, com voluntários, ela própria participou da pintura, e que achou o resultado final lindíssimo. “Principalmente o impacto daquela fachada na comunidade, porque as pessoas param, observam, olham, admiram e falam “Que legal! Que iniciativa legal, que muro legal! Que pintura bacana!” Isso gerou bem estar não só nas pessoas de fora como nas crianças assistidas também”, acrescenta a gestora.
“A pintura do muro significou muito pra gente, não só a integração com a Rede Muda mas a possibilidade de executá-la de maneira colaborativa e o impacto de ter um espaço pintado com cores tão vivas e um design tão bonito. E isso gerou um bem estar coletivo, porque as pessoas conseguiram entender aquele espaço como coletivo, de transformação, de trocas e aprendizados”.
Ana Caroline Santos, gestora do Educar+
Paralelamente à pintura da fachada, o Projeto Educar+ também reformou a biblioteca, batizada de “Biblioteca Universo”. A inauguração é dia 30 de outubro às 10h da manhã. O evento, um chá literário, tem programadas rodas de conversa, contação de histórias e distribuição de livros. A roda de conversa abordará a importância da biblioteca no contexto periférico da favela e serão propostas atividades para as crianças a partir das histórias contadas.
A biblioteca, que tem caráter comunitário, vai atender crianças, adolescentes e adultos, além do público em geral, moradores da comunidade Final Feliz, no Complexo do Chapadão. “Nossa expectativa é de usarmos a biblioteca para eventos literários, lançamento de livros, contação de histórias e saraus. Essa biblioteca tem o intuito de democratizar o acesso à leitura, apesar de ser em um espaço tão pequeno de 18m2”, planeja Ana Caroline. Ela se pergunta como um espaço desse tamanho pode fazer a diferença dentro de uma comunidade: “Com um espaço de 18m2, o que temos de potencial? Tem muitas coisas, além de pessoas que acreditam que o incentivo à leitura pode transformar a vida das pessoas; também temos um espaço com um potencial de abrigar um acervo de 2.000 livros”, comemora.
Para saber mais acesse: www.educarmais.net